Em 1993, uma das partidas mais marcantes da história do clássico deu fim ao maior jejum de títulos do Palmeiras. Naquele ano, o Palmeiras completava 17 temporadas sem títulos, com perdas em finais nos anos anteriores, o que deixava a partida mais trágica ainda para os palmeirenses que não viam a hora de soltar o grito de “campeão” novamente, que viria na final do Campeonato Paulista de 1993.
Por outro lado, o Corinthians queria vencer o estadual não apenas para somar mais um título, mas também para “devolver” a sua derrota em 1974, quando o alvinegro era a equipe em jejum de títulos e o alviverde o derrotou na final do estadual desse ano.
O Timão soube aproveitar o fator casa e derrotou o rival por 1 a 0 na partida de ida. Viola fez o gol e comemorou imitando um porco, como uma provocação aos palmeirenses. Na partida de volta, o Palmeiras precisaria vencer por qualquer placar para levar o confronto para a prorrogação e nela garantindo um empate, seria o campeão por ter feito melhor campanha nas fases anteriores.
Em um Morumbi absolutamente lotado por palmeirenses e corintianos, o Palestra Itália goleou o Corinthians. Com “sangue nos olhos” que os jogadores do Palmeiras disputaram a partida e praticamente impediram que o Corinthians jogasse futebol.
Precisando do resultado, o Palmeiras atacou desde o começo da partida, e abriu o placar com Zinho, em um chute de perna direita. A partida era disputada e a rivalidade entra os clubes e jogadores era notável. Expulsões e lances polêmicos fizeram parte da partida também.
O jogo iria para a prorrogação independentemente do número de gols que o Palmeiras fizesse. Somente se o Corinthians empatasse, não seria preciso mais 30 minutos de jogo. Por isso, o jogo seguia quente e bem disputado, mas quando Evair recebeu cruzamento rasteiro de Mazinho e completou para o gol e fazendo 2 a 0 para o Palmeiras, os times diminuiram a intensidade pois sabiam que haveria prorrogação. Mesmo assim, o Palmeiras fez mais um gol, com Edílson que aproveitou o rebote depois que a bola bateu na trave em chute de Evair.
A final ia para a prorrogação. O empate dava o título para o Palestra e, portanto, o Corinthians precisava vencer a prorrogação, que começou disputada. Se havia alguma esperança de título para o Corinthians, ela se foi quando Edmundo foi derrubado dentro da área e Evair converteu o pênalti, o último gol da partida e que selou a vitória e o fim do jejum de títulos que já durava 17 anos.
Escalações:
Palmeiras: Sérgio; Antônio Carlos, Tonhão, Roberto Carlos, Zinho, Mazinho, Daniel Frasson, César Sampaio, Edmílson (Jean Carlo), Edmundo, Evair (Alexandre Rosa)
Técnico: Luxemburgo
Corinthians: Ronaldo, Marcelo Djian,Henrique, Leandro Silva, Ricardo, Adil (Tupãzinho), Ezequiel, Marcelinho Paulista,Paulo Sérgio e Viola.
Técnico: Nelsinho Batista
Cartões amarelos: Roberto Carlos, Zinho, Edmundo e Alexandre Rosa (Palmeiras) e Ronaldo, Henrique, Leandro Silva, Neto e Viola (Corinthians)
Cartões vermelhos: Tonhão(Palmeiras) e Ronaldo, Ezequiel e Henrique(Corinthians)