segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Jogos históricos: Palmeiras 3 (5) x2 (4) Corinthias - Libertadores 2000

Em 2000, os clubes fizeram o talvez mais importante confronto da história do clássico. Na semi-final da Copa Libertadores, o Corinthians chegava ao confronto com um time mais forte, mas carregava a dolorida eliminação nos pênaltis para o mesmo Palmeiras nas quartas-de-final da Libertadores do ano anterior.
Os dois jogos foram realizados no Morumbi. A primeira partida teve mando do Corinthians e o Timão venceu por 4 a 3 em um jogo espetacular. Na segunda partida, o Palmeiras precisava vencer para levar a decisão aos pênaltis. Uma vitória com dois gols de diferença colocava o Palestra na final da competição internacional.
O jogo era pegado e tinha clima de final. O Corinthians jogava, também, para se vingar da derrota sofrida no ano anterior pelo time de Felipão. O Palestra defendia o título da Libertadores.
O jogo era cá e lá. Logo no começo, Junior e Luizão tiveram oportunidades para abrir o placar para seus respectivos clubes, Palmeiras e Corinthians, mas falharam nas finalizações. Aos 13 minutos, Marcelinho Carioca fez uma falta em Júnior, que revoltou os palmeirenses querendo a expulsão do ídolo corintiano. Mas o árbitro não o expulsou. Cada minuto que se passava, deixava a partida mais emocionante. E foi aos 34 que o placar foi aberto.
Júnior cruzou a bola, que percorreu toda a área corintiana, e caiu no pé de Euller. O atacante dominou no peito, chutou e marcou um golaço. O Palmeiras ganhava o jogo e a partida se encaminhava aos pênaltis.
Euller teve uma nova oportunidade de marcar um gol, mas o gol não saiu. Momentos depois, o Timão chegou ao ataque e, em escanteio cobrado por Marcelinho Carioca, Luizão, completamente livre, marcou mais um gol na Libertadores, empatando o clássico.
O resultado não servia para o time de Palestra Itália, que adiantou seus jogadores em busca da vitória. Mas o que aconteceu foi uma virada dos visitantes. Edilson, o capeta, fez boa jogada pela lateral esquerda e cruzou, rasteiro, para o meio da área palestrina. Luizão, novamente, estava livre e chutou de primeira para virar a partida. A bola passou entre Marcos e Roque Júnior, que quase conseguiu impedir o gol.
A partir daí, o Palmeiras se lançou ao ataque mais do que nunca. Precisava fazer dois gols. E a reação não demorou para acontecer. Em uma jogada parecida com o segundo gol corintiano, Euller arrancou pela esquerda, cruzou rasteiro para o centro da área e Alex chutou de primeira. A bola foi no ângulo e o empate voltava a ser o resultado da partida.
Aos 25 minutos, a partida ficou mais dramática do que em qualquer momento. O Palmeiras tinha falta para bater e Alex levantou a bola para a área. Galeano desviou levemente, a bola bateu na trave e entrou sem Dida poder fazer nada. O gol fez a torcida do Palmeiras explodir no Morumbi!
A decisão da vaga para a final da Copa Libertadores de 2000 ia para os pênaltis. Mais uma vez, os dois maiores rivais de São Paulo decidiam uma vaga na mais importante competição do continente. O clima era tenso e as duas equipes estavam claramente nervosas. Marcos e Dida, dois pegadores de pênaltis, eram os goleiros.
O Palmeiras começava a abrir as cobranças de pênaltis. Marcelo Ramos chutou firme e abriu o placar. 1×0 Palmeiras.
O Corinthians empatou com Ricardinho. 1×1.
Roque Júnior tinha a responsabilidade de bater a segunda penalidade máxima e converteu. 2×1 Palmeiras.
Fabio Luciano, também zagueiro, bateu firme, bola de um lado e goleiro do outro, e empatou a partida. 2×2.
O craque palmeirense, Alex, era o encarregado da terceira cobrança. O camisa 10 bateu no canto e Dida quase pegou! Mas a bola entrou. 3×2 Palmeiras.
Edu bateu firme e empatou novamente empatou os pênaltis. 3×3. Após o gol , houve uma pequena confusão pelo jogador corintiano provocar Argel, do Palmeiras.
Asprila bateu quase no angulo e Dida até acertou o canto, mas nada pode fazer. 4×3
Índio bateu no angulo e dessa vez Marcos que não pode fazer nada. 4×4.
Júnior não se arriscou e bateu forte no meio do gol. 5×4 Palmeiras.
Marcelinho Carioca era o último a bater pelo lado corintiano. O maior ídolo daquela geração corintiana estava de um lado e o maior ídolo dos palmeirenses na época estava do outro. Marcelinho correu, bateu no canto e Marcos espalmou para fora! Era a última cobrança e o Palmeiras se garantiu na final da Libertadores da América!


Ficha técnica:
Estádio: Morumbi
Data: 6 de junho de 2000
Competição: Copa Libertadores da América
Gols: Euller, Alex e Galeado (Palmeiras) Luizão (Corinthians)


Palmeiras: Marcos; Rogério, Argel, Roque Júnior e Júnior; César Sampaio (Tiago), Galeano e Alex; Pena (Luiz Cláudio), Marcelo Ramos e Euller (Asprilla).
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Corinthians: Dida; Daniel (Índio), Fábio Luciano, Adílson e Kléber; Vampeta, Edu, Ricardinho e Marcelinho; Edílson e Luizão (Dinei).
Técnico: Oswaldo de Oliveira

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Jogos históricos Palmeiras 4×0 Corinthians - Paulista 1993

Em 1993, uma das partidas mais marcantes da história do clássico deu fim ao maior jejum de títulos do Palmeiras. Naquele ano, o Palmeiras completava 17 temporadas sem títulos, com perdas em finais nos anos anteriores, o que deixava a partida mais trágica ainda para os palmeirenses que não viam a hora de soltar o grito de “campeão” novamente, que viria na final do Campeonato Paulista de 1993.
Por outro lado, o Corinthians queria vencer o estadual não apenas para somar mais um título, mas também para “devolver” a sua derrota em 1974, quando o alvinegro era a equipe em jejum de títulos e o alviverde o derrotou na final do estadual desse ano.

O Timão soube aproveitar o fator casa e derrotou o rival por 1 a 0 na partida de ida. Viola fez o gol e comemorou imitando um porco, como uma provocação aos palmeirenses. Na partida de volta, o Palmeiras precisaria vencer por qualquer placar para levar o confronto para a prorrogação e nela garantindo um empate, seria o campeão por ter feito melhor campanha nas fases anteriores.
Em um Morumbi absolutamente lotado por palmeirenses e corintianos, o Palestra Itália goleou o Corinthians. Com “sangue nos olhos” que os jogadores do Palmeiras disputaram a partida e praticamente impediram que o Corinthians jogasse futebol.
Precisando do resultado, o Palmeiras atacou desde o começo da partida, e abriu o placar com Zinho, em um chute de perna direita. A partida era disputada e a rivalidade entra os clubes e jogadores era notável. Expulsões e lances polêmicos fizeram parte da partida também.
O jogo iria para a prorrogação independentemente do número de gols que o Palmeiras fizesse. Somente se o Corinthians empatasse, não seria preciso mais 30 minutos de jogo. Por isso, o jogo seguia quente e bem disputado, mas quando Evair recebeu cruzamento rasteiro de Mazinho e completou para o gol e fazendo 2 a 0 para o Palmeiras, os times diminuiram a intensidade pois sabiam que haveria prorrogação. Mesmo assim, o Palmeiras fez mais um gol, com Edílson que aproveitou o rebote depois que a bola bateu na trave em chute de Evair.
A final ia para a prorrogação. O empate dava o título para o Palestra e, portanto, o Corinthians precisava vencer a prorrogação, que começou disputada. Se havia alguma esperança de título para o Corinthians, ela se foi quando Edmundo foi derrubado dentro da área e Evair converteu o pênalti, o último gol da partida e que selou a vitória e o fim do jejum de títulos que já durava 17 anos.
Escalações:
Palmeiras: Sérgio; Antônio Carlos, Tonhão, Roberto Carlos, Zinho, Mazinho, Daniel Frasson, César Sampaio, Edmílson (Jean Carlo), Edmundo, Evair (Alexandre Rosa)
Técnico: Luxemburgo
Corinthians: Ronaldo, Marcelo Djian,Henrique, Leandro Silva, Ricardo, Adil (Tupãzinho), Ezequiel, Marcelinho Paulista,Paulo Sérgio e Viola.
Técnico: Nelsinho Batista
Cartões amarelos: Roberto Carlos, Zinho, Edmundo e Alexandre Rosa (Palmeiras) e Ronaldo, Henrique, Leandro Silva, Neto e Viola (Corinthians)
Cartões vermelhos: Tonhão(Palmeiras) e Ronaldo, Ezequiel e Henrique(Corinthians)