Em 2000, os clubes fizeram o talvez mais importante confronto da história do clássico. Na semi-final da Copa Libertadores, o Corinthians chegava ao confronto com um time mais forte, mas carregava a dolorida eliminação nos pênaltis para o mesmo Palmeiras nas quartas-de-final da Libertadores do ano anterior.
Os dois jogos foram realizados no Morumbi. A primeira partida teve mando do Corinthians e o Timão venceu por 4 a 3 em um jogo espetacular. Na segunda partida, o Palmeiras precisava vencer para levar a decisão aos pênaltis. Uma vitória com dois gols de diferença colocava o Palestra na final da competição internacional.
O jogo era pegado e tinha clima de final. O Corinthians jogava, também, para se vingar da derrota sofrida no ano anterior pelo time de Felipão. O Palestra defendia o título da Libertadores.
O jogo era cá e lá. Logo no começo, Junior e Luizão tiveram oportunidades para abrir o placar para seus respectivos clubes, Palmeiras e Corinthians, mas falharam nas finalizações. Aos 13 minutos, Marcelinho Carioca fez uma falta em Júnior, que revoltou os palmeirenses querendo a expulsão do ídolo corintiano. Mas o árbitro não o expulsou. Cada minuto que se passava, deixava a partida mais emocionante. E foi aos 34 que o placar foi aberto.
Júnior cruzou a bola, que percorreu toda a área corintiana, e caiu no pé de Euller. O atacante dominou no peito, chutou e marcou um golaço. O Palmeiras ganhava o jogo e a partida se encaminhava aos pênaltis.
Euller teve uma nova oportunidade de marcar um gol, mas o gol não saiu. Momentos depois, o Timão chegou ao ataque e, em escanteio cobrado por Marcelinho Carioca, Luizão, completamente livre, marcou mais um gol na Libertadores, empatando o clássico.
O resultado não servia para o time de Palestra Itália, que adiantou seus jogadores em busca da vitória. Mas o que aconteceu foi uma virada dos visitantes. Edilson, o capeta, fez boa jogada pela lateral esquerda e cruzou, rasteiro, para o meio da área palestrina. Luizão, novamente, estava livre e chutou de primeira para virar a partida. A bola passou entre Marcos e Roque Júnior, que quase conseguiu impedir o gol.
A partir daí, o Palmeiras se lançou ao ataque mais do que nunca. Precisava fazer dois gols. E a reação não demorou para acontecer. Em uma jogada parecida com o segundo gol corintiano, Euller arrancou pela esquerda, cruzou rasteiro para o centro da área e Alex chutou de primeira. A bola foi no ângulo e o empate voltava a ser o resultado da partida.
Aos 25 minutos, a partida ficou mais dramática do que em qualquer momento. O Palmeiras tinha falta para bater e Alex levantou a bola para a área. Galeano desviou levemente, a bola bateu na trave e entrou sem Dida poder fazer nada. O gol fez a torcida do Palmeiras explodir no Morumbi!
A decisão da vaga para a final da Copa Libertadores de 2000 ia para os pênaltis. Mais uma vez, os dois maiores rivais de São Paulo decidiam uma vaga na mais importante competição do continente. O clima era tenso e as duas equipes estavam claramente nervosas. Marcos e Dida, dois pegadores de pênaltis, eram os goleiros.
O Palmeiras começava a abrir as cobranças de pênaltis. Marcelo Ramos chutou firme e abriu o placar. 1×0 Palmeiras.
O Corinthians empatou com Ricardinho. 1×1.
Roque Júnior tinha a responsabilidade de bater a segunda penalidade máxima e converteu. 2×1 Palmeiras.
Fabio Luciano, também zagueiro, bateu firme, bola de um lado e goleiro do outro, e empatou a partida. 2×2.
O craque palmeirense, Alex, era o encarregado da terceira cobrança. O camisa 10 bateu no canto e Dida quase pegou! Mas a bola entrou. 3×2 Palmeiras.
Edu bateu firme e empatou novamente empatou os pênaltis. 3×3. Após o gol , houve uma pequena confusão pelo jogador corintiano provocar Argel, do Palmeiras.
Asprila bateu quase no angulo e Dida até acertou o canto, mas nada pode fazer. 4×3
Índio bateu no angulo e dessa vez Marcos que não pode fazer nada. 4×4.
Júnior não se arriscou e bateu forte no meio do gol. 5×4 Palmeiras.
Marcelinho Carioca era o último a bater pelo lado corintiano. O maior ídolo daquela geração corintiana estava de um lado e o maior ídolo dos palmeirenses na época estava do outro. Marcelinho correu, bateu no canto e Marcos espalmou para fora! Era a última cobrança e o Palmeiras se garantiu na final da Libertadores da América!
Ficha técnica:
Estádio: Morumbi
Data: 6 de junho de 2000
Competição: Copa Libertadores da América
Gols: Euller, Alex e Galeado (Palmeiras) Luizão (Corinthians)
Palmeiras: Marcos; Rogério, Argel, Roque Júnior e Júnior; César Sampaio (Tiago), Galeano e Alex; Pena (Luiz Cláudio), Marcelo Ramos e Euller (Asprilla).
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Corinthians: Dida; Daniel (Índio), Fábio Luciano, Adílson e Kléber; Vampeta, Edu, Ricardinho e Marcelinho; Edílson e Luizão (Dinei).
Técnico: Oswaldo de Oliveira
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Corinthians: Dida; Daniel (Índio), Fábio Luciano, Adílson e Kléber; Vampeta, Edu, Ricardinho e Marcelinho; Edílson e Luizão (Dinei).
Técnico: Oswaldo de Oliveira